quarta-feira, setembro 23, 2009

JORNAL VIRTUAL GESTÃO EDUCACIONAL Ano 2 Nº 129 - 22/09/09

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Esta matéria é muito interessante e importante para você, gestor. Como diz o início do texto, agora é lei: toda escola pública tem 5 anos para ter sua biblioteca.

Saiba mais lendo este texto, que será dividido em 2 partes. Boa leitura.
Como montar uma biblioteca
Saiba o que fazer para ter um acervo atual e requisitado em sua escola

Tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei 4536/08, que dá prazo de cinco anos para que todas as escolas públicas e privadas do País tenham bibliotecas. O projeto do deputado Marcelo Almeida (PMDB-PR) considera como acervo ideal a média de três livros por aluno matriculado, mas não fixa prazo para essa meta ser alcançada. Sejam obrigatórias ou não, o fato é que as bibliotecas auxiliam no estudo e aproximam escola e aluno. Confira nesta reportagem detalhes de como montar uma biblioteca para instituições de ensino, tornando-as mais atrativas e estimulando a leitura.

Para criar um espaço de troca de conhecimento e tornar os alunos assíduos, a escola pode apostar em algumas estratégias. A biblioteconomista Andrea de Oliveira Alves, de São Paulo (SP), afirma que o processo começa com a análise da faixa etária do público e de suas necessidades. É preciso verificar o perfil dos alunos: a classe socioeconômica, o nível de escolaridade e se há estudantes deficientes visuais ou motores.

É preciso contratar uma pessoa para organizar esse local dentro da instituição. “O bibliotecário é o mais apto para analisar o público e possui códigos para catalogação e classificação do acervo”, afirma Andrea. Também são funções desse profissional: desenvolver uma política de coleção de acervo e usá-la constantemente, organizar os materiais para que sejam encontrados posteriormente, elaborar e usar vocabulário controlado de acordo com seus usuários e prestar o suporte necessário na referência ao usuário, ajudando-o a desenvolver estratégias de pesquisa. “O bibliotecário também é o mais hábil para contornar qualquer problema relacionado à falta de estrutura ou de instrumentos para a execução do seu trabalho. Na falta de um código de catalogação, por exemplo, ele é capaz de criar um que lhe atenda e sirva aos frequentadores da biblioteca”, esclarece a biblioteconomista.

Os livros devem atender as necessidades dos alunos: não existem modelos de bibliotecas prontos. Tudo depende da realidade do público, porém, tratando-se de uma biblioteca escolar, é indispensável que existam livros didáticos e de literatura, de acordo com a faixa etária dos estudantes, para que sirvam de apoio e incentivo à instrução do aluno.

O acesso à informação não pode ser limitado apenas a livros e materiais impressos. “Há diversos suportes que permitem uma maior interação do usuário com a informação, tornando-a mais atrativa, como suportes virtuais (acessíveis por computador), auditivos e visuais, como CDs de música e filmes em DVDs”, ressalta a biblioteconomista.

Caso exista fácil acesso a computadores e à internet, a biblioteca do colégio pode incluir em seu acervo materiais cujos direitos autorais já estão em domínio público. A busca pode ser feita, por exemplo, pelo site Domínio Público (www.dominiopublico.gov.br).

A biblioteca iniciante também pode contar com o programa do governo federal de criação desses espaços, disponível no site do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas da Biblioteca Nacional (www.bn.br/snbp). O sistema é válido também para escolas públicas.

O Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) sugere que o espaço destinado aos livros seja “aconchegante, iluminado, arejado e tranquilo, permitindo aos frequentadores discutirem e trocar experiências sem atrapalhar os usuários que precisam de silêncio”. Área para leitura e cabines individuais ou para grupos também são recomendadas. Como muitas bibliotecas não dispõem de espaço adequado sequer para seu acervo, o CFB indica que o bibliotecário estabeleça horários para estudos em grupo e individuais.

O estudante também deve se sentir confortável, seja no chão – com tapetes, pufes e almofadas – ou em mesas e cadeiras. As estantes pecisam ser acessíveis e de materiais resistentes. Se forem de madeira, com tratamento contra cupins e outras pragas que podem atacar os livros. É indicado que as prateleiras sejam móveis, para que se adequem ao tamanho dos livros e, assim, proporcionem um melhor aproveitamento do espaço.

A especialista Andrea ainda defende o uso de softwares de gerenciamento que facilitam o trabalho de administração do acervo. “Eles permitem controle de entrada e saída dos livros, possibilitam melhor conhecimento dos interesses de seus usuários e evitam perdas e prejuízos. Também ajudam na pesquisa e conferência do acervo. Para isso, não há necessidade de grande investimento financeiro, uma vez que existem softwares gratuitos que atendem as necessidades de bibliotecas pequenas e médias”, lembra. Se a biblioteca não possuir recursos para adquirir um computador, pode-se recorrer a métodos mais convencionais, como fichas de empréstimo.

Texto de Guilherme Soares Dias publicado na edição de setembro da revista Gestão Educacional. Contato: editorial@humanaeditorial.com.br

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